Comentário
Visitei a Rio Innovation Week na quinta-feira, dia 05 de outubro e relato aqui minhas considerações sobre este megaevento.
.
Antes de ir, busquei no site a programação das palestras, pois havia recebido uma dica de que eram muitas e simultâneas, então o melhor seria planejar o que gostaria de assistir.
Confesso que fiquei atônita com a quantidade de palestras simultâneas! Em alguns horários era difícil decidir qual seria melhor, então resolvi listar todas que me pareceram interessantes para decidir na hora, de acordo com a localização. Bem, este foi o primeiro problema: onde fica cada palco? Na programação só tinha o nome do palco, mas não tinha sua localização. Para quem conhece o local, como eu, sabe que são vários galpões (armazéns) em linha, e do primeiro ao último dá uma boa caminhada. Esta parte do planejamento ficou furada, não tinha ideia se eram próximas ou distantes umas das outras.
Fui. Chegando lá, o check in foi bem tranquilo. E me deram então o mapa. Um jornal impresso, e em formato Standard, ou seja, grande! Sério? Numa feira de inovação? Ouvi dizer que tinha um app, mas ninguém falou nada ali sobre isso.
O mapa apresentado era péssimo, muito difícil de entender, tinha que catar numa lista vertical na direita o nome do palco, ver o número para depois abrir o jornal em folha dupla para ver o mapa e localizar o número. Daí a próxima missão era achar onde aquilo estava no plano real. Em vez de uma planta baixa, era um desenho tipo foto aérea em 3D numa impressão de baixa qualidade. Para uma designer, foi de doer a alma.
Estava bem cheio, logo percebi que havia fila para tudo, e se quisesse participar de alguma atividade em um estande, teria que ficar numa longa fila. Resolvi então dar uma geral para me ambientar primeiro, tentando me entender com o mapa.
Muitos jovens e adolescentes, se divertindo bastante nos estandes, muitas startups em balcões organizados por área de atuação. Os armazéns foram divididos por temas, fui descobrindo na medida que circulava. Os palcos não seguiam de forma tão simétrica os temas, já que muitos são transversais. A sinalização estava muito fraca, poucas placas e demasiado discretas, em locais nada óbvios (a designer não consegue ver uma sinalização malfeita!).
As palestras
Consegui assistir uma palestra da metade para o fim e uma inteira. Gostei das duas, pessoas interessantes, falando sobre temas interessantes.
No mais, foi um busca pra cá, procura pra lá para achar onde estava o próximo palco, o que me fazia chegar atrasada na palestra e, muitas vezes, já não tinha mais lugar. A plenária, onde se davam as palestras mais “atrativas”, estava superlotada. Teria que chegar antes e ficar na fila para conseguir lugar. Aqui confesso que não tenho mais paciência para isso, mas não tem jeito, todo mundo queria ver os superstars que estavam ali. Ou seja, não assisti.
O armazém 2, por algum motivo que não sei, estava fechado, então pulava do 1 para o 3, depois o 4 e 5, e utilizaram um galpão do outro lado do Boulevard Olímpico, onde estão os murais do Kobra, como o local da plenária e mais vários outros palcos menores. A passagem de um lado para o outro era aberta, ou seja, facilmente alguém não credenciado poderia entrar na área dos armazéns, ficando um segurança tentando verificar todo mundo no meio de um fluxo intenso de pessoas. Erro grave de segurança.
Em relação às palestras, os equipamentos de som estavam ótimos, os fones afixados nas cadeiras, tudo funcionando. O nível dos palestrantes (além dos que efetivamente assisti, bisbilhotei vários pelo caminho) me pareceu muito bom, e as temáticas bem diversas, para agradar a todos os públicos. Percebi o grande envolvimento da Prefeitura, participando de diversas palestras, mostrando o quanto está focada na inovação.
Os estandes
Em relação aos estandes, a maioria eram bem simples. Para quem está habituada a feiras de petróleo com seus super estandes mostrando e demonstrando os serviços e produtos, achei que muitos perderam a oportunidade de apresentar-se melhor. Alguns, como já mencionei antes, traziam atividades para o público, ficavam cheios, pois as pessoas estavam ansiosas para interagir com as novas tecnologias. Estes se destacaram e aproveitaram bem a feira para se divulgar e fortalecer suas marcas.
Fui ao estúdio da BandNews dar um alô para o Beto Largman (@largman), meu primo. Batemos aquele papo ótimo de sempre. Muito orgulho de ver o primo arrasando nas entrevistas e cobertura do evento.
Um destaque foram os robôs. Um estande do lado de fora apresentava alguns modelos. O cachorrinho sem cabeça, pra mim, foi o destaque: bate as patinhas no chão, deita, rola e faz mil piruetas! Não sei se tem alguma função além de lazer, mas é superdivertido e fofo.
Valeu a visita. Vi, ouvi e aproveitei o visual incrível dali.
O que daria para melhorar?
A sinalização, o mapa, o site, a organização dos locais dos palcos, a distribuição das coisas pelo espaço. Estava confuso.
———-
Judith Adler